Marcas de uma paz verdadeira

16/01/2012 20:09

 

Estudo da reunião dos jovens do dia 14/01/2012

Marcas de uma paz verdadeira

O ano de 2012 já chegou, um ano novo, programa dos jovens começando, todos animados, dispostos, felizes e contentes certo? Deixa eu te perguntar, o que representa o ano novo para você?

Para algumas pessoas o ano novo é algo místico mágico, é tempo de alegria, de paz, de felicidade, cheio de crendices e costume: comer 7 uvas, guardam aquela sementinha pra apodrecer na carteira, pulam sete ondas quando podem ir a praia, comer lentilha. Não é assim? Cantam aquela música que tudo se realize no ano que vai nascer, muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender. Também se fala das roupas, a vestimenta traz um significado especial, o vermelho, amarelo, branco... Claro que são todas superstições que teoricamente se referem a um ano melhor que irá entrar, a um ano diferente.

Esperamos um ano diferente, mas essa diferença deve começar onde? Em nós mesmos.

NÃO É 2012 QUE TEM QUE SER DIFERENTE, SOMOS EU E VOCÊ!

Ser diferentes no sentido de que, a cada dia busquemos fazer a vontade de Deus e não que nos apoiemos em superstições. 1Ts 4.3 diz que a vontade de Deus para nós é que busquemos a santidade. Ele quer que a cada dia tenhamos isso como alvo em nossas vidas. A santidade é progressiva, nós passamos por inúmeras situações na nossa vida onde a nossa conduta diante delas nos molda um pouquinho mais parecido com Cristo.

É mais ou menos como um escultor fazendo uma obra de arte em sua pedra. Nós somos como uma peça de pedra nas mãos do escultor, o martelo que bate é a palavra, a talhadeira é são as pessoas, aquele seu amigo que puxa a sua orelha algumas vezes, mas que te conduz nos caminhos de Cristo e o artesão, que usa da Sua palavra e move essa pessoa a moldar a sua vida é Deus.

Mas não é esse o caminho que o mundo mostra para um ano realmente NOVO. O desejo é de que no ano que inicia você tenha muita saúde, sucesso, felicidades, realizações e paz! Alguém já te cumprimentou no ano novo dessa maneira?

Mas afinal, que paz é essa? Em meio a tantas coisas as pessoas sempre desejam a PAZ, mas de onde vem e para onde vai essa paz? Já reparou que as emissoras de TV produzem sua equipe toda de branco aguardando a tão sonhada paz e exibem que tipo de reportagem durante o ano todo?

Em resumo, o desejo é que 2012 SEJA UM ANO DE MUITA PAZ...

Mas já que é você que deve ser diferente e não o ano de 2012, eu quero lhe fazer outra pergunta: O que tira a sua paz? O que realmente te irrita, como aquela pedrinha no seu sapato que te tira do sério?

Algumas situações quem sabem o ajudem a pensar nisso:

·        Fila do banco.

·        Bater o dedinho no cantinho da mesa.

·        Seu chefe descontando sua raiva.

·        Ligar para um 0800.

·        O despertador logo de manhã.

·        Fumarem perto de você.

·        Ônibus Lotado.

·        Aquele rapaz que ouve funk dentro do ônibus lotado.

São pequenos exemplo, mas que quando ocorrem logo mandam embora a paz que há em você, produzindo reações que não vem de Deus.

E com isso eu quero contar a vocês a história de um homem que teve todos os motivos pra perder a sua paz e reclamar, ficar irado, partir pra cima mesmo, mas não o fez, ele esperou em Deus, porque sabia quem era com Ele. É a história de Isaque e se encontra em Gênesis 26.1-33;

(v.1-11) No início do capítulo, a narrativa conta que houve fome naquela região da Palestina onde eles se situavam, a mesma onde Abraão também enfrentou a fome como diz em Gn 12.10, porém Abraão desceu para o Egito para ficar por ali porque era muita a fome. Com Isaque foi diferente, ele foi para Gerar, região ainda ao Sul da Palestina, terra dos filisteus onde Abimeleque era rei. Então o Senhor aparece a Isaque e diz, “não vá para o Egito, procure se estabelecer na terra onde eu indicar (Gn 26.2)”“Permaneça nesta terra mais um pouco e eu abençoarei você, Porque a você e a seus descendentes darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a seu pai Abraão”.

Ainda Deus fala sobre quão numerosa seria a descendência dele e que por meio dele todos os povos da terra seriam abençoados. Isaque então ficou em Gerar.

Depois disso Isaque da uma pisada na bola e comete o mesmo pecado que o seu pai já havia cometido um tempo antes, mentindo para o rei Abimeleque que Rebeca era sua irmã, com medo de morrer por causa da sua formosura. Abimeleque então descobre e chama a atenção de Isaque e decreta que quem encostasse neles seria morto. Até ai tudo ok, Deus faz uma promessa a Isaque, o rei os protege. Mas vamos ler mais um pouco.

(v.12-31) Então Isaque plantou naquela terra e a ele colheu muito bem, porque O SENHOR O ABENÇOAVA. Ele sabia que o Senhor estava com ele, o próprio Deus havia mandado ele para aquela terra e prometeu que o abençoaria. A sua colheita nessa terra era de cem por um (v.12), isso era muita coisa, logo Isaque se tornou alguém muito muito poderoso naquela terra. A Palavra fala no v.14 que ele possuía muitos rebanhos e servos.

Porém nessa época os filisteus era um povo limitado em número e em poder e a prosperidade de Isaque causou neles muita inveja. A inveja não se ateve somente ao sentimento, mas os filisteus por causa de sua inveja, fecharam os poços que Abraão, pai de Isaque tinha cavado na sua época. Aquele tempo, a água era a base para o sustendo da família, dos servos, da plantação, dos animais e de tudo mais.

Além do que os filisteus fizeram a Isaque, o próprio rei Abimeleque veio ao seu encontro e disse “sai da nossa terra, pois já é poderoso demais para nós”. Como se o prefeito da sua cidade fechasse seu estabelecimento legalmente regularizado porque você se deu bem e prosperou. Até ai imagina qual seria a sua reação?

A reação de Isaque foi manter a paz e ele saiu daquela região indo para o vale de gerar. Chegando lá ele reabriu os poços os quais os filisteus haviam fechado depois que seu pai Abraão morreu e continuou o trabalho. Então os servos de Isaque cavaram no vale e acharam um poço de água nascente (v.19). Pronto, problema resolvido. Até que chegaram os pastores de Gerar discutindo com os pastores de Isaque dizendo “essa água é nossa” (v.20). Então Isaque deu o nome para esse poço de “Eseque” que no original significa “contenda”. Logo os seus servos cavaram outro poço, mas eles também discutiram por causa desse poço e por isso o poço passou a se chamar Sitna, que no original significa “briga”.

Logo o que Isaque fez? Deixou a contenda e a briga de lado, mudou se dali e abriu outro poço onde deu o nome de “Reobote” que significa “lugares amplos”, e disse “agora o Senhor nos abriu espaço e prosperaremos nessa terra” (v.22). Então o Senhor mais uma vez aparece a Isaque dizendo não tema, porque eu estou com você! Isaque sabia o tempo todo quem estava no controle, que dava paz a si diante de todas as provocações e intrigas que passou.

Então eis que o versículo 26 narra que veio a Isaque Abimeleque, rei de Gerar com seu conselheiro pessoal e o comandante de seu exército. Qual seria a sua reação neste momento?  Isaque somente pergunta. “Porque vieram uma vez que vocês foram hostis comigo e me mandaram embora?”

Dessa vez o rei não veio para discutir, mas para fazer uma aliança de amizade entre eles. Visto que Abimeleque sabia que Deus estava com Isaque e temendo alguma possível revolta de Isaque contra ele propôs uma aliança entre eles e disse Tu não nos farás mal, assim como nada te fizemos, mas sempre te tratamos bem e te despedimos em paz.

Será que foi assim mesmo como o rei disse? E Isaque, fez o que ao ouvir essas palavras? Perdeu a paciência e partiu para cima? Não, Isaque ofereceu um banquete a eles, e então comeram e beberam e, na manhã seguinte, firmaram a aliança despedindo-se em paz.

Agora pensa você. Qual seria a sua reação diante das situações que Isaque enfrentou? Você ficaria tentado a perder sua paz ali mesmo? Ou então, será que você reagiria como Isaque fez?

Mas será que em algum momento Deus não esteve com Isaque, será que passou alguma coisa despercebida que Ele não sabia? Isaque sabia quem estava com ele e manteve a paz desde o princípio. E é sobre essa verdadeira paz que eu quero falar.

 

 

3 marcas da verdadeira paz:

1.     A verdadeira paz vem de Deus.

Somente Deus pode dar essa verdadeira paz que de Isaque tinha, e que também nós podemos ter nos dias de hoje. Paz não e simplesmente viver em um lar sem barulho, sem brigas, sem filhos rebeldes, sem telefones tocando ou sem nenhum problema. Essa não é a paz que vem de Deus, até parece uma sensação de paz, mas a paz de Deus é aquela que chega até nós independente das circunstâncias, mesmo estando no meio de uma tempestade podemos sentir a paz de Deus.

Mas como ter essa paz dentro de mim se os momentos mais difíceis são os momentos onde eu mais balanço na minha fé. É exatamente essa a resposta: Fé, confiança em Deus! Em Gênesis 26, nos versículos 2 e 24 Deus diz a Isaque claramente “EU ESTOU COM VOCÊ”.  Deus está com ele e ele não balança, continua firme. Deus talvez não falou pra mim e pra você “EU ESTOU COM VOCÊ” n mesmo tom de voz que a Isaque, mas Jesus falou em Mt 28.20        “E EU ESTAREI COM VOCÊS ATÉ O FIM DOS TEMPOS”. Jesus ordena que devemos pregar o evangelho a toda criatura, batizar, ensinar  e eis que estaria conosco todos os dias até o fim dos tempos.

Ele está presente nos dias de hoje, inclusive agora. Então como posso sentir essa paz: Você já orou hoje? Já conversou com Deus? Já leu a Palavra dEle? Você passou por alguma situação estressante e lembrou naquele momento que Deus estava com você e que aquilo que aconteceu não fugiu ao controle dEle? Fique atento, Deus está com você todos os momentos e pode te dar a verdadeira paz.

2.     A paz do mundo X a paz de Deus. Jo 14.27

Outra marca da verdadeira paz: A paz do mundo é diferente da paz de Deus. A paz que o mundo oferece se resume a ficar tranquilo. Como o homem que age desta forma no dia de folga: “hoje eu estou de folga, vou trancar a casa, vou desligar o telefone, Fechar as cortinas, sentar no meu sofá e não vou fazer nada”. Será mesmo que a paz verdadeira dura um dia, talvez horas?

A paz que vem de Deus não tem prazo de validade no rótulo, não vence, e mais, pode ser desfrutada no amor do pai para o filho, da esposa para o esposo...

A paz de Deus é diferente justamente porque é Ele quem dá. Em João 14.27 Jesus fala aos seus discípulos “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo”.

A vista da partida de Cristo, neste capítulo Ele se despede dos discípulos deixando para eles palavras de estímulo, como a promessa de seu retorno (v.3), a perspectiva deles fazerem obras ainda maiores (v.12), a promessa da oração respondida (v.14), a vinda do Espírito Santo (v.16) e a paz permanente (v.27).

A definição de paz verdadeira é diferente do mundo porque não se baseia somente na ausência de problemas e conflitos, mas esta paz é uma confiança, uma segurança em qualquer circunstância. Com a paz de Cristo não temos porque temer nem o presente nem o futuro. Se a sua vida está carregada de tensão, permita que o Espírito Santo o encha da paz de Cristo.

3.     Demonstre com atitudes a verdadeira paz de Deus.

Nós já sabemos que Deus é quem da a verdadeira paz, já sabemos que a paz deste mundo não tem nada a ver com a paz do mundo. Entretanto, como demonstrar com atitudes a verdadeira paz de Deus.

Qual foi a reação de Isaque diante dos problemas? Ele se esforçou provavelmente, mas ele não reagiu, visto que Isaque era homem, pecador, com um grande diferencial, ele conhecia a Deus, sabia que era Ele que o sustentava, quem o guiava. E naqueles momentos de dificuldade, conseguiu demonstrar a verdadeira paz que vem do Senhor.

Davi fala no Salmo 34.14 “Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança”. Davi era alguém que vivia aquilo que pregava, nos versículos 12 e 13 ele faz uma pergunta e já da a resposta  “Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade”. Davi deu um único exemplo, mas que é um grande passo para uma vida de paz verdadeira. O domínio da língua. Provérbios 6,10; Tiago 3 falam sobre o domínio da língua e Isaque fez exatamente o que devia fazer, guardou-se sábio e não respondeu as provocações.

Demonstre, seja um espelho que reflete a Cristo por onde você passar. As pessoas saberão que a paz que reina em você tem algo diferente. A paz de Deus estabelece boas relações uns com os outros, prevê os problemas e os enfrenta antes mesmo de acontecerem. Porém, quando inevitavelmente surgem, mantém-se firme e inabalável pois nada escapa aos olhos de Deus.

Para concluir, 2012 vai passar assim como 2011, 2010, 2009... Contudo não é um ano a menos e sim um ano a mais, um ano a mais onde você pode chegar ao final e ver o quanto você permitiu ser moldado à imagem de Cristo. Que este ano que se inicia seja realmente um ano de sucesso e muitas felicidades e PAZ, a verdadeira paz de Cristo, que uma vez exalada através da sua vida, pode fazer muita diferença na vida de outras pessoas, testemunhando que o Deus que habita em você é aquele que da a verdadeira paz que o mundo tanto precisa.

 

    Autor: Marcos Antonio Ribeiro